16 de dezembro de 2011

Fiocruz vai ganhar centro de documentação da saúde

Acervo vai reunir obras históricas e imagens desde o século XVII até os dias atuais.

 Em dezembro de 2014, a Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, vai ganhar um Centro de Documentação e História da Saúde do Brasil (CDHS). O local vai abrigar um acervo único, composto de livros, documentos textuais (telegramas, cartas, postais, artigos científicos, folhetos e currículos), iconográficos (imagens) e sonoros produzidos desde o século XVII (ver legendas com os anos de lançamento) até os dias atuais. O projeto do CDHS foi concebido para reunir o maior e mais expressivo conjunto documental do país sobre os processos políticos, sociais e culturais da saúde. Entre eles, estão os arquivos dos cientistas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, reconhecidos como obras de relevância para a História da Humanidade pelo Programa Memória do Mundo da Unesco, em 2007 e 2008, respectivamente.

De acordo com a historiadora e diretora da Casa Oswaldo Cruz, unidade da Fiocruz, Nara Azevedo, o projeto foi desenvolvido com o objetivo de preservar e difundir os acervos, disponibilizando-os para pesquisadores, estudantes e profissionais interessados na história da saúde e das ciências biomédicas.

— Este conjunto de arquivos institucionais e pessoais é fonte essencial para compreender o processo histórico de institucionalização da ciência no país e contextualizar seu papel no desenvolvimento econômico, social e cultural — conta Nara, que completa. — O CDHS permitirá a ampliação significativa do acervo existente, nos próximos 20 anos, por meio do recolhimento de novos conjuntos documentais da Fiocruz, de outras instituições e da doação de arquivos pessoais de cientistas, médicos, e sanitaristas.

Com a execução do projeto do Centro de Documentação e História da Saúde, a Fiocruz terá um centro de referência para a preservação do patrimônio histórico da ciência e da saúde, integrando ações de pesquisa, ensino e serviços.

Segundo a arquiteta e especialista em gestão ambiental Cristiane Cabreira, o local vai oferecer espaços adequados à consulta pública, por meio do acesso a equipamentos modernos e diferentes recursos de informação como guias, catálogos e inventários.
— A finalidade é mostrar para a sociedade os livros históricos e as grandes relíquias existentes no nosso acervo — diz.

Além de um centro cultural e educacional, o CDHS vai ser construído baseado na sustentabilidade ambiental. A finalidade é incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais nas construções, reduzindo o desperdício e os impactos sobre o meio ambiente.

— A proposta confirma o interesse nacional num acervo que deve ser protegido para benefício da Humanidade — destaca Paulo Roberto dos Santos, vice-diretor de Pesquisa, Educação e Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz.
O funcionário da biblioteca da Fiocruz Carlos Henrique Brito destaca a importância da restauração dos livros.

— A recuperação é feita para manter a integridade do material. Temos relíquias como o livro de João Lopes Correa sobre patologia, de 1623. Quando rasga a folha de uma obra antiga, acontece o preenchimento com polpa de celulose — afirma.

O acervo da biblioteca da Casa Oswaldo Cruz reúne certa de 40 mil livros originais e restaurados, com destaque para obras clássicas no campo das ciências biomédicas e da saúde pública, além de material bibliográfico pertencente a coleções de cientistas, médicos e outros profissionais.

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