4 de março de 2014

Os 7 pecados “concursais” por William Douglas

Os 7 pecados “concursais”

Todos conhecem os pecados capitais que levam os homens à condenação: gula, soberba, inveja, preguiça, ira, luxúria e avareza. O que poucos sabem é que estes também são pecados dos concursos e dos concurseiros, que levam à reprovação, desânimo e desistência. Por isso, é importante comentar cada um deles e apresentar como contorná-los em sua trajetória de concursos para que não se tornem um empecilho à conquista do seu sonho.

A gula, nos concursos, é expressa na pressa de passar. Como sempre digo: concurso não se faz para passar, mas até passar. Assim, esqueça a pressa e comece a estudar com regularidade, planejamento e antecedência. Os concursos estão vindo aos montes, e continuarão assim. A aprovação é resultado de um processo longo, mas é algo com que você, se trabalhar direito, pode contar. Lembre-se também que a direção é mais importante que a velocidade e que concurso é uma fila! A pressa gera ansiedade e acaba prejudicando seu sucesso.

A soberba é a arrogância de se achar o “Sabe-Tudo”, um concurseiro profissional que domina os concursos. Muitos candidatos inteligentes e bem formados são vítimas da soberba, ao passo que os menos capazes, mas esforçados, chegam lá, assim como na história da corrida entre a lebre e a tartaruga. Outra consequência da soberba é deixar de estudar por ter essa sensação de dominar todo o conhecimento. Contornar este pecado exige grande preparo emocional e esforço pessoal. O concurseiro tem de exercitar a humildade nas aulas, no estudo, nas provas, em todo o processo. Acompanhar atentamente as explicações, respeitar as dúvidas dos colegas e pegar a prova com cautela.

A preguiça. Não é preciso comentar muito sobre esse pecado que quase todos conhecem bem. Ele é autoexplicativo. Mas deixe-me dizer uma coisa: eu sou meio preguiçoso. Só que sempre fazia o que devia ser feito. Quando me imaginava desempregado e sem grana, caso deixasse a preguiça me dominar, era como uma injeção de ânimo que me fazia levantar, jogar uma água no rosto e partir para o estudo. Montar e seguir um quadro de horários também é uma importante forma de contornar esse pecado.

A inveja acontece quando o concurseiro fica lamentando as notas e as coisas boas que os outros possuem ao invés de ir resolver a sua própria vida. É impressionante como as pessoas pecam ao se comparar com os outros e se dedicar à reclamação e à autocomiseração em vez de estudar e treinar. Nesse caso, o concurseiro deve se lembrar que seu maior concorrente é ele próprio e a dedicação que tem aos seus estudos. Transforme sua inveja em um sentimento positivo, admire os que estão indo bem e procure seguir seus bons exemplos.

A ira representa se deixar estourar, ou desanimar, pela enorme quantidade de fatos que têm justificadamente esse condão: cansaço, carteiras duras (do curso e a sua), dificuldades com a família, com a matéria, os absurdos ou fraudes em concursos, taxas de inscrição abusivas etc. Sei que é chato e difícil mesmo, mas não adianta ficar irado. O jeito é ir estudar, pois um dia a gente passa, apesar de tudo. Especialmente na véspera de prova é importante ter muito cuidado com discussões e “estouros”.

A luxúria, que pode ser associada ao lazer exagerado, às viagens, passeios, programas de TV, baladas e tudo o mais que é delicioso, tira o tempo para estudar e treinar. Pois bem, equilibrar estudo e lazer, administrar bem o tempo e saber estabelecer as prioridades é essencial para chegar à nomeação. Deixe o lazer para a hora do descanso.

A avareza tem duas manifestações. A primeira, do candidato, quando economiza nos investimentos necessários para ser aprovado. Vale a pena escolher os melhores livros e cursos e cometer outros gastos, como exames de saúde para se estar bem e enfrentar a maratona dos concursos. A segunda avareza, a pior delas, ocorre quando o candidato passa e deixa de utilizar o cargo e os poderes e competências dele para a coletividade. Não sejamos avaros com o país, nem com o povo que o (e nos) sustenta. Ao passar, é preciso devolver ao povo o quanto nós custamos todo mês. Isso pode ser feito com trabalho, eficiência, simpatia, honestidade e entusiasmo. Cumprir o dever, e se puder, um pouco mais.

Pois é, que Deus nos livre dos pecados capitais e dos pecados “concursais”. E que façamos nossa parte, dando nossa parcela de fé e sacrifício, para chegarmos à Terra Prometida, ao Paraíso, com méritos dos santos. 
Por fim, os votos de que alcancemos os frutos do Espírito, que, na Bíblia (Gálatas 5:22), se opõem aos pecados capitais: amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fidelidade, humildade e domínio próprio, e, claro, passar em concursos.

CRÉDITOS: *William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 40 obras, dentre elas o best-seller Como Passar em Provas e Concursos. Site: www.williamdouglas.com.br. Acompanhe-o nas redes sociais (@site_wd, @site_wd2, William Douglas – Facebook, Como Passar em Provas e Concursos – Facebook e Comunidade William Douglas – Orkut).
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