22 de janeiro de 2012

Biblioteca Nacional apresenta mostra sobre os quadrinhos brasileiros - Rio de Janeiro


A Fundação Biblioteca Nacional (FBN/MinC) agita as férias da criançada e dos amantes dos “gibis” com a mostra Desenhar para sonhar: histórias em quadrinhos brasileiros.

De 10 de janeiro a 29 de fevereiro, no 2º andar da sede da instituição, importantes peças do seu acervo estarão expostas contando a trajetória do gênero que fascina crianças e adultos há décadas. A entrada é franca.

São cerca de 50 itens revelando um breve panorama da cultura das histórias em quadrinhos no nosso país. Importantes nomes do setor e editoras que nele se notabilizaram serão homenageados, como Ziraldo e Maurício de Sousa.

Entre as publicações, cartazes e capas expostos, com destaque para raridades como o “Tico-tico”. Lançada em 1905, a primeira revista em quadrinhos brasileira para crianças teve entre seus leitores Rui Barbosa, Olavo Bilac e Nelson Rodrigues. Ela trouxe ao país personagens famosos, como Gato Félix, Popeye e Mickey Mouse. Para Carlos Drummond de Andrade, o “Tico-tico era escola disfarçada de brincadeira”.

Além de um dos exemplares da pioneira, a mostra contará também com peças como a revista “Gibi” – que terminou emprestando seu nome ao tipo de publicação – e clássicos da literatura brasileira transpostos para o gênero pela Editora Brasil América Ltda, a lendária EBAL. Entre eles, há títulos como “O Guarani”, romance escrito por José de Alencar.

Outra empresa do ramo homenageada é a Rio-Gráfica Editora, que publicou de HQs norte-americanos a temas tipicamente nacionais, como “Sítio do Picapau Amarelo”. Fundada em 1950 com o lançamento das revistinhas do “Pato Donald”, a Editora Abril também é lembrada por publicações que marcaram época, como “Luluzinha”.

Revistas recentes têm espaço reservado, representadas por obras como “O Menino maluquinho”, de 1980 e a versão mangá de “Turma da Mônica”, lançada em 2008. E apesar da mostra ser voltada para o público de 7 a 14 anos, ela é um ótimo passeio para visitantes de todas as idades. Se desenhar é sonhar, visitá-la é compartilhar de sonhos que encantaram gerações.

Fonte: Jornal do Oeste

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