29 de julho de 2014

Notícias: Acervo centenário do Museu do Gás é descartado e vendido em feira



Museu do Gás, com a fachada reformada, está desativado desde 1997

O Rio de janeiro já teve uma das melhores iluminações públicas do mundo. Era o sistema de gás que existiu entre 1854 e 1937 e iluminava as ruas através de lampiões acendidos um a um por funcionários da Companhia de Gás. Mas a história desse período corre o risco de se perder. Peças valiosas do acervo do Museu do Gás, localizado na Avenida Presidente Vargas, são encontradas à venda nas feiras de antiguidades da cidade, especialmente na Praça XV. A prática ilegal não deixa pistas do destino das peças. Procurada, a Companhia de Gás do Rio (CEG) prometeu, através da sua assessoria, apurar o desaparecimento do material constituído por documentos, luminárias, peças metálicas e em bronze.

Os itens do acervo são raros e estão longe das vistas do público desde que o Museu do Gás foi desativado em 1997 com a privatização da CEG. Como a empresa e todo o equipamento que nela constava se tornou particular, as peças históricas também foram privatizadas. A empresa que assumiu, conforme revelam os colecionadores, não manteve controle sobre o material. Com isso, alguns objetos acabaram sendo colocados à venda em antiquários de rua. "Há um descaso da empresa que deveria primar pela guarda deste material histórico", protestou o historiador carioca e professor, Milton Teixeira.

O marceneiro restaurador de objetos antigos, Marconi Andrade, de 51 anos, adquiriu na feira de antiguidades da Praça 15 dezenas de documentos centenários que pertenceram à Société Anonyme du Gaz, a companhia belga de gás responsável pela iluminação da cidade até o início do século passado. Muitos dos papéis, que contém desenhos técnicos de alta qualidade, são do século XIX, sendo o mais antigo de 1865, com 149 anos de idade.


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